Ó
caro professor,
Ouça
minha crítica sem rancor,
Pois
ando tendo um tremor de infelicidade
E
não pretendo pagar a mensalidade.
O
mundo é sintético demais em tua análise:
Queres
achar Saussure nos sussurros
Umberto
no eco
Barthes
no bartender da história
Aristóteles
no aristocrata do filme
Kant
nos cantos do verso
E
Hegel nas entrelinhas...
Basta!
Ora uma expressão do inconsciente,
Ora
uma crítica marxista,
Queres
achar a metalinguagem do Autor
Mas
nem reconheces Deus na Vida.
“O
poema contém tudo
menos
poesia”.
João-de-barro
de pedra
Água-viva
morta
Comigo-ninguém-pode
surrada
Abelha-rainha
deposta
Louva-a-deus
ateu
A
tudo desconstróis!
Ó
professor de estética,
Assassino
da beleza de todas as coisas.
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