quarta-feira, 9 de setembro de 2015

JESUS PEOPLE MOVEMENT





“Por que o demônio deve ficar com os melhores tons?”

MARTINHO LUTERO




“Por que o diabo deve ficar com toda a boa música?”

GEOFF MOORE




Estava o mundo em adolescente crise existencial
(ou, segundo outros, “no êxtase da História”):
Mulheres e negros lutavam pelo direito de ser igual,
E tudo que parecia novo atingia a sua glória.


Formavam-se barricadas em Paris.
San Francisco coloria-se de arco-íris.
A Primavera de Praga desafiava Moscou.
Estudantes contra generais, e o terror se implantou.


Pedia-se paz no Vietnã.
Proliferavam viagens astrais.
Protestava-se ao som de Bob Dylan, Joan Baez,
E a guitarra estridente de Hendrix também tinha sua vez.


Quando Lennon disse “O sonho acabou”,
Quando a Revolução se tornou utopia,
Quando os Beatles terminaram, e com eles a histeria,
E o adolescente de repente adulto acordou,
Ainda restava o vazio eterno do homem
E os que não se acabaram em overdose
E os que não traíram os ideais que somem
E os que não se desesperançaram em pequenas doses,
Tentariam construir seu próprio caminho,
Ou acordariam para ver o Único Caminho...


A Revista Time repetia Nietzsche, o anticristão:
“Será que Deus está morto?”
As igrejas se esvaziavam de comunhão,
Fossilizadas num ritualismo torto.
Os lares desmoronavam como nunca.
Tumultos raciais tomavam praças.
Vidas acabavam cedo, enquanto nada muda,
E a roda do tempo repetia desgraças.


Distrito de Height-Ashbury, Costa Oeste,
Ensolarada terra de hippies e alternativos,
Ali nascia a contracorrente da peste,
Espalhando luz dos meios mais imaginativos...


Em coffee houses ou com um violão à esquina,
Sem tradições pesadas, órgãos poeirentos ou negras batinas,
Na rua, na relva, na Calvary Chapel em Costa Mesa,
Um avivamento tomava forma e causava estranheza.


Os cabeludos não recebidos em outros lugares
Batizavam-se aos milhares, cantavam hinos
E compunham suas canções em seus estilos peculiares
Para que Deus os ouvisse em seu canto genuíno!


“Doidos por Jesus”, “evangelistas psicodélicos”:
O barato era outro, bacana era o ajuntamento,
E aqueles espíritos, antes rotos e famélicos,
Agora exultavam sem qualquer entorpecimento!



Você pode falar o que quiser,
Mas muitos que nunca viriam, vieram.
Você pode resistir, se quiser,
Mas ainda persiste a transformação que trouxeram.



Sem eles, não haveria Vineyard Music Group,
Não haveria Andraé Crouch, Ron Kennoly e seu black gospel,
Não haveria Petra, Stryper, Narnia e seu rock gospel,
Não haveria o piano de Marcos Witt, de Michael W. Smith,
Nem a Hillsong australiana e sua fábrica de hits.
Não haveria os Vencedores por Cristo, por cá,
Plantados no Brasil por Jaime Kemp,
Nem as vozes famosas do rádio da MK Publicitá,
E talvez, quantos menos jovens convertidos de repente
Ao som das mais tocantes melodias,
Hoje “plugados” numa nova koinonia!



O homem mudou, Deus é o mesmo.
E Sua forma de agir é misteriosa...
O homem acerta, o homem deturpa a esmo.
Mas Deus conduz Seu propósito com mão poderosa.



Guarde em seu coração aquelas canções
Que falam do grande amor do Pai a lhe receber,
Daquela cruz no Calvário das aflições
Em que o Filho se entregou por amor a você,
E do Espírito Santo que lhe guiará pela vida,
Consolando e preenchendo esta árida lida
Que todos levaremos até o suspiro derradeiro,
Em que os Céus se nos abrirão por inteiro...










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