Mozart
saltitante
arlequim
de réquiem
dramático
infante.
Luz original
luzia na sinfonia
Mahler sideral.
Sibelius
sibila
acordes
níveos, fiordes,
tormentas
na quilha.
O velho sem tempo
jogava fora seu tempo
como joga damas.
Ó
chuva da tarde
Da
impossibilidade:
Diz-me
a razão!
– Olhos felinos –
A menina libertina
anda de gatinhas.
Menina
frustrada
furando
plástico-bolha
tal
se fosse a vida.
Meia perdida
na máquina de lavar
tal homens na vida.
sobre
um lago de sulfite
e
carpas de giz.
Coração granito
Indiscreto como quartzo
Tão duro de amar!
Infeliz
escravo!
Sonhava
co’a senzala,
Trazia
os ferros n’alma!
Eu,
sendo um gaijin,
Sou
metido a ser haijin:
Desgosto
a Bashô.
Farol que ilumina
Cada passo do caminho
de pedra: é a fé.
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