segunda-feira, 30 de março de 2015

JOHN BUNYAN


A sentença foi promulgada e transitou em julgado:
Doze anos de reclusão por pregar sem permissão.
Pregar nas ruas, fora da igreja constituída, fora da lei do Estado,
Salvando almas de pobres que pouco interessavam à nação.


Irmão leigo, que à Igreja Batista de Bedford servia,
Funileiro tão pobre que mal podia manter a família:
A primeira esposa morreu, a filhinha cega lhe angustiava,
Seus parcos estudos não lhe permitiam outra homilia.


Das suas leituras mesmo, só a Bíblia – a Inefável Palavra,
E os Comentários sobre a Epístola aos Gálatas, de Lutero.
De resto, sua literatura só nasceu da imaginação de sua lavra,
Da sua disciplina de escrever e ensinar, e do sofrimento austero.


Seus doze anos de prisão nos deixaram O Peregrino:
Ó inefável obra que a milhões serve de consolo e esteio,
E que a mim mesmo me serviu de manual interino
No início da peregrinação do caminho estreito!


Suas cadeias não lhe prenderam, Bunyan, poeta imortal!
Sua alegoria perene serve-nos de lição bem real!
Sua final libertação e o resfriado que lhe pôs fim aos dias
Também não lhe enclausuraram, nem mataram sua fantasia!


Agora o Peregrino, o de verdade,
Entrava no Reino dos Céus,
Levando o Certificado do sangue de Cristo
(sua identidade)
E colhia finalmente entre palmas seus lauréis!


 

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