sábado, 25 de abril de 2015

FANNY CROSBY


A Deus demos glória, com grande fervor, 
Seu Filho bendito por nós todos deu 
A graça concede ao mais vil pecador, 
abrindo-lhe a porta de entrada no céus 
Exultai, exultai, vinde todos louvar 
a Jesus, Salvador, a Jesus redentor 
a Deus demos gloria, porquanto do céu, 
Seu filho bendito, por nós todos deu!


Vivo feliz, pois sou de Jesus, 
e já desfruto o gozo da luz 
Canta minha alma, canta ao Senhor, 
rende-lhe sempre ardente louvor
.


Certamente que conheces estas palavras,
Se de fato tens ido à Igreja.
Mas sabes de que alma partiu tal lavra
De louvor que até o céu adeja?

De uma mulher cega desde as seis semanas de vida,
Por culpa da inépcia de um médico substituto
Que receitara cataplasmas de mostarda quente à vista
Infeccionada de um bebê indefeso e miúdo.

O resultado foi irreversível
(E assim o foi decretado cinco anos depois...).
À mesma época, o pai já lhe havia morrido,
E a pobreza adentrava este lar tão sofrido.

Mas não penses que ali era lugar de lamento:
Havia uma avó que lhe lia a Bíblia por horas,
E a menina já decorara o livro de Rute, os Salmos,
Cheia de gratidão e contentamento,
Sem nunca descrer do amor de Deus ou da sabedoria de Suas obras!

Com vinte e quatro anos,
Em seu primeiro livro de poemas,
Já escrevia, em desafio aos murmuradores e profanos:
“Se quereis chorar por mim por eu ser cega,
Que o faça, pois eu não o farei!”,
Ela preferia dedicar-se à pronta entrega
À alegria de que lhe preenchia o Espírito,
Criando beleza na adversidade e luz na treva.

O próprio evangelista Moody
Lhe chamou em Massachussetts para um testemunho,
Que a todos emocionou, e em tal magnitude,
Que seus cânticos passaram a correr o mundo,
Junto às campanhas evangelísticas, amiúde.

E ela continuava trabalhando,
Lecionando na mesma Escola para Cegos
Em que fora aluna exemplar.
Preparava o culto infantil, criando
Um mundo belo para as crianças com novos métodos
De uma cenografia que ela nunca poderia enxergar!

Casou-se com Alexander, também cego,
Perdeu o seu primeiro e único filho,
E em cada criança que buscasse o seu apego,
Ela lembrava do frágil rebento já partido.

Mas essa dor ela transformava em luta,
E cada dissabor era alimento para a labuta,
Pois essa mulher – em quem só enxergamos problemas e um rude destino –

Viveu contente, esperançosa, e deixou quase nove mil hinos! 



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