O
que havia com esse menino sábio e atento
Da
cidadezinha de Castelnuovo D’Asti,
Que
foi nascer justo no Risorgimento,
Numa
família sem comida que baste?
Órfão
de pai aos dois anos,
Trabalhando
na roça, estrebaria, em tanto ofício ruim,
Estudando
com afinco e dificuldade por seis anos,
Até
tornar-se sacerdote em Turim.
Dom
Bosco, havia tantos jovens miseráveis como você,
Cercando-lhe
nas ruas, nas fábricas, nas celas!
Um
país em guerra civil, em que nenhum horizonte se vê,
Estado
contra Igreja, e outras ideologias que pareciam belas...
Como
ser naqueles dias o bom samaritano?
Fundou
o Oratório de São Francisco de Sales
E
depois a Ordem dos Salesianos,
Sendo
o mais amável educador entre seus pares.
Ensino
profissionalizante a delinquentes e vadios,
O
método preventivo em educação,
Os
diálogos com clérigos, políticos e corações vazios,
Trocando
sua fala de paz por apoio e aprovação.
Até
ateus, liberais, marxistas,
Amavam
ouvi-lo falar de Deus.
Até
anticlericais, positivistas, nacionalistas,
Consideravam
buscar a Pátria nos Céus...
Em
tempos de Victor Hugo, Verdi, Garibaldi,
Um
espírito brando buscava outra revolução:
A
doutros homens, externa, sangrenta, debalde,
A
sua, a que Cristo traz ao coração!
Pai dos jovens e aprendizes,
Assim
lhe chamou João Paulo II.
Pessoas
assim são mais imprescindíveis
No
nosso tempo tolo e iracundo.
Quiçá
possa Deus levantar outros homens
Que
tenham sua voz de pastor, seu olhar de candura,
Que
tenham seu interesse combativo pela fome
A
ser combatida no corpo, na alma e na sociedade impura!
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