domingo, 12 de abril de 2015

JOÃO BOSCO

O que havia com esse menino sábio e atento
Da cidadezinha de Castelnuovo D’Asti,
Que foi nascer justo no Risorgimento,
Numa família sem comida que baste?


Órfão de pai aos dois anos,
Trabalhando na roça, estrebaria, em tanto ofício ruim,
Estudando com afinco e dificuldade por seis anos,
Até tornar-se sacerdote em Turim.


Dom Bosco, havia tantos jovens miseráveis como você,
Cercando-lhe nas ruas, nas fábricas, nas celas!
Um país em guerra civil, em que nenhum horizonte se vê,
Estado contra Igreja, e outras ideologias que pareciam belas...


Como ser naqueles dias o bom samaritano?
Fundou o Oratório de São Francisco de Sales
E depois a Ordem dos Salesianos,
Sendo o mais amável educador entre seus pares.


Ensino profissionalizante a delinquentes e vadios,
O método preventivo em educação,
Os diálogos com clérigos, políticos e corações vazios,
Trocando sua fala de paz por apoio e aprovação.


Até ateus, liberais, marxistas,
Amavam ouvi-lo falar de Deus.
Até anticlericais, positivistas, nacionalistas,
Consideravam buscar a Pátria nos Céus...


Em tempos de Victor Hugo, Verdi, Garibaldi,
Um espírito brando buscava outra revolução:
A doutros homens, externa, sangrenta, debalde,
A sua, a que Cristo traz ao coração!


Pai dos jovens e aprendizes,
Assim lhe chamou João Paulo II.
Pessoas assim são mais imprescindíveis
No nosso tempo tolo e iracundo.


Quiçá possa Deus levantar outros homens
Que tenham sua voz de pastor, seu olhar de candura,
Que tenham seu interesse combativo pela fome
A ser combatida no corpo, na alma e na sociedade impura!




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