domingo, 17 de maio de 2015

IVO DE KERMATIN (SANTO IVO)



"Jura-me que a tua causa é justa e eu a defenderei gratuitamente".



Filho de nobres, nobre de alma,
Sagrado cavaleiro – mas a pena na palma,
Que sua arma era retórica contra ardis.
Bacharel em Teologia e Filosofia em Paris.


Bacharel em Direito em Orleans.
Nomeado pelo Rei juiz da Bretanha.
Dezoito anos nas epopeias escrivãs,
Dezoito anos desmascarando artimanhas.


Em mãos o Corpus Iuris Civilis de Justiniano,
O Decretum de Graciano,
A Littera Boloniensis, os cânones gregorianos
E uma equidade de estoico romano.


Até que renunciou ao cargo que abrilhantara
Para defender pobres e oprimidos,
Para cuidar dos enfermos no hospital que fundara,
Para quitar dívidas dos não remidos.


O maior conciliador da França:
Tanto poderias ensinar aos belicosos!
O jurista dos que não tinham herança:
Tanto poderias ensinar aos cobiçosos!


Manjavas tanto do direito civil
Quanto do direito canônico,
Defensor dos direitos humanos
Na Igreja da Idade Média:
Ó orador irônico!


Se soubesses do que hoje acontece
No Tribunal de Ética e Disciplina da OAB,
Será que patrocinarias tua classe
Com todas as infrações que se vê?


Fazias justiça num mundo injusto
E sempre te compadecias dos deslocados!
Ó, não percas agora teu tempo
Sendo padroeiro dos advogados!























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