"Jura-me que a tua causa é
justa e eu a defenderei gratuitamente".
Filho
de nobres, nobre de alma,
Sagrado
cavaleiro – mas a pena na palma,
Que
sua arma era retórica contra ardis.
Bacharel
em Teologia e Filosofia em Paris.
Bacharel
em Direito em Orleans.
Nomeado
pelo Rei juiz da Bretanha.
Dezoito
anos nas epopeias escrivãs,
Dezoito
anos desmascarando artimanhas.
Em
mãos o Corpus Iuris Civilis de
Justiniano,
O Decretum de Graciano,
A Littera Boloniensis, os cânones
gregorianos
E
uma equidade de estoico romano.
Até
que renunciou ao cargo que abrilhantara
Para
defender pobres e oprimidos,
Para
cuidar dos enfermos no hospital que fundara,
Para
quitar dívidas dos não remidos.
O
maior conciliador da França:
Tanto
poderias ensinar aos belicosos!
O
jurista dos que não tinham herança:
Tanto
poderias ensinar aos cobiçosos!
Manjavas
tanto do direito civil
Quanto
do direito canônico,
Defensor
dos direitos humanos
Na
Igreja da Idade Média:
Ó
orador irônico!
Se
soubesses do que hoje acontece
No
Tribunal de Ética e Disciplina da OAB,
Será
que patrocinarias tua classe
Com
todas as infrações que se vê?
Fazias
justiça num mundo injusto
E
sempre te compadecias dos deslocados!
Ó,
não percas agora teu tempo
Sendo
padroeiro dos advogados!
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