segunda-feira, 25 de maio de 2015

AIMÉE MCPHERSON



Canadense do fim do século dezenove,
Falecida no fim da Segunda Guerra.
Mulher pioneira, corajosa, a quem aprouve
Iniciar uma cruzada pela Terra.


Celebridade na mídia dos anos 20 e 30.
Viúva uma vez, divorciada duas.
Quando ainda adolescente, lutou contra o evolucionismo darwinista
E aprendia com a mãe, no Exército da Salvação, a olhar pelos pobres das [ruas.


O irlandês Robert Semple, numa reunião de avivamento,
Pregara efusivamente sobre a nova criatura.
Ela saiu, se rebelou por três dias, tentou ouvir jazz e buscar divertimento,
Mas então, voltando à casa de trenó, seu coração em ruptura
Finalmente se abria ao Espírito em lágrimas de cristais
Derretendo o gelo que não lhe tolheria nunca mais...


Robert se tornou seu marido, e lhe prometera ir para a China:
“Vamos colher pérolas amarelas para a coroa que depositaremos
aos pés do Salvador”, ele dizia à sua esposa ainda menina,
E foram, nos passos de Hudson Taylor, alcançar pagãos e enfermos.


Mas ali ele contraiu malária, e ela, já grávida, também.
Enquanto o filho nascia, Robert morria, e Aimée, agora sozinha,
Só podia retornar à América, totalmente refém
Das dificuldades que uma mãe sem esteio sofria.


Casou-se então com Harold McPherson, o segundo marido.
Engravidou de novo, quase morreu de apendicite,
E enquanto orava, no quarto espremido,
“Tu irás? Pregarás a Palavra?” – Deus lhe falava ao ouvido.


Ela foi ao Canadá, a família se opôs...
Em um encontro pentecostal sentiu que as brasas
lhe ardiam na alma e se fez pregadora depois,
O que não se permitia a mulheres (muito menos às casadas).


Já em 1918 fez uma viagem transcontinental,
Só com seus filhos, sua mãe e uma secretária.
E quando pregava sobre Ezequiel 1:1-28 em devocional,
Decidiu chamar o ministério de Quadrangular, de maneira inspirada.


“Jesus Salva, Jesus Cura, batiza no Espírito Santo, Ele voltará!”
Essa seria a divisa no Angelus Temple, em Los Angeles, California,
Que atraía milhares de pessoas, como a rádio agora no ar
A transmitir seus sermões a milhões sem uma vida ou uma História.


Ela tinha sede de que todos bebessem das águas vivas
E não de cisternas rotas, como bebera no passado.
Conhecer a Deus e Sua salvação é ter a alma rediviva
E ser liberto das densas trevas do pecado!


Ela ainda teve de suportar uma separação conjugal.
E depois um sequestro de um mês no deserto do Arizona,
De pessoas que queriam resgate, o templo, pelo vil metal,
E depois de liberta ainda lhe perseguiria a imprensa inquisidora
Ávida por escândalos que pudessem abater-lhe a moral...


De volta ao trabalho, este lhe desgastou por inteiro,
E a saúde não mais lhe permitia continuá-lo.
Deixou-o com seu filho Rolf, fiel escudeiro,
Mas nunca deixou de assessorá-lo.


Casou-se ainda uma terceira vez
Com David Hutton, cantor dez anos mais jovem.
Em breve descobriu que este só queria usar-lhe a fama (e o fez),
Levando ao segundo divórcio e mais pretextos aos que desaprovem...


A língua ferina de farisaicos maledicentes
Jamais descansa, como o sabeis,
Inda mais se se trata de quem litiga com defeitos correntes
Que todos cristãos temos e combatemos na força do Rei...


Enquanto os anos passavam a fluir,
Sua voz se cansava e seus rins falhavam.
Já dependia de tranquilizantes para dormir
E estes caíam nas veias a lhe ferir.


Foram eles que a mataram por fim
Em 27 de setembro de 1944, em seu lar,
Mas ela deixou seu legado assim,
Fundou a Igreja do Evangelho Quadrangular!






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