sábado, 16 de maio de 2015

O ÚLTIMO BLUES DE B. B. KING



Aos nove anos, já sozinho no mundo,
A colher algodão no Mississippi,
Invejando cantores, lá no fundo,
Sonhando viajar como um beatnik.

Se Django Reinhardt, com seu violão,
Parava o mundo, como Robert Johnson,
Por que não ele, triste rapagão,
Poderia cantar a vida no osso?

Sessenta anos carregando Lucille,
E fez chorar cada corda no blue,
Qual Jelly Roll Morton em Storyville.

“Guess who?”, “The thrill is gone”, oh, “Sweet Sixteen”…
O gordo risonho blues boy do Sul
Manda uma ode negra no céu sem fim!



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