domingo, 17 de maio de 2015

SÃO JOÃO BATISTA DE LA SALLE



"A ciência infla, só a caridade edifica”.


Numa França miserável
De Luíses reis-sois,
Da Paris de Versalhes
E de mendigos reinóis,


Eras também nobre,
Descendente de Carlos Magno,
Mas olhavas pelos pobres,
O que em tua classe era raro.


Magna era tua alma empreendedora
Mas cedo ficaste sem os pais.
Competiu-lhe a função protetora
De criar os irmãozinhos em Reims.


Mestre das Artes Livres,
Aluno da Sorbonne sagaz,
Amante da música sacra que vive
Nos órgãos das Catedrais!


Ordenado padre um pouco tarde,
Dedicaste teu tempo a educar quatro mil crianças.
Fundaste instituto em que inda arde
Em sede de conhecimento, fé e esperanças.


Pedagogia, leitura, gramática, física, matemática, religião e canto litúrgico:
Tudo tu ensinavas!
E te assentavas em qualquer cátedra ou banco rústico
Em que fosse necessário, e te esmeravas.


Formavas professores leigos,
Sem Piaget, Vigotsky, Wallon ou Paulo Freire.
Tua didática nascia de teus meneios
E de um amor puro que beire


O de um pai que exorta por todos os meios.
Em 1719, numa Sexta-Feira Santa,
Teus dias na Terra terminaram em Rouen.
Milhões à época já sabiam de lida tanta
E até hoje inda sabem que a luta não foi vã.


Mas, São João Batista de La Salle, companheiro de sofredores,
Que arava luzes sulcando trevas de um mundo vil,
Se és mesmo padroeiro de todos os mestres e professores,
Quanto trabalho tu não terias no Brasil...





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