segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A Casa Amarela

            O homem que vive na casa amarela
            Rememora a outra face da ampulheta.

            Sob suas unhas
            Correm rios de espasmos e de risos;
            E de prantos e de festas;
            E de filmes de Ingmar Bergman:
            De morangos silvestres, de amarguras nórdicas;
            Filmes de Kurosawa e de Bertolucci:
            De misticismos orientais;
            Filmes de Quentin Tarantino:
            De violência e de maníacos anormais;
            Filmes de Wim Wenders:
            De cidades e solidões, de anjos que desejam a carne;
            Filmes de Chaplin:
            Do humor mais melancólico que existe;
            E o velho filme desbotado da casa amarela,
            Que tenta sempre esquecer,
            Mas não esquece.

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