O homem que vive na casa amarela
Rememora a outra face da ampulheta.
Sob suas unhas
Correm rios de espasmos e de risos;
E de prantos e de festas;
E de filmes de Ingmar Bergman:
De morangos silvestres, de amarguras nórdicas;
Filmes de Kurosawa e de Bertolucci:
De misticismos orientais;
Filmes de Quentin Tarantino:
De violência e de maníacos anormais;
Filmes de Wim Wenders:
De cidades e solidões, de anjos que desejam a carne;
Filmes de Chaplin:
Do humor mais melancólico que existe;
E o velho filme desbotado da casa amarela,
Que tenta sempre esquecer,
Mas não esquece.
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