segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ela

Ela
Absoluta em seu reino de fascínio
Radiante de beleza jamais vista
Magia da sensualidade sem fim

Ela
Como todas as outras
Mulheres
Delicadas, suaves, livres, destemidas
Puras, alegres, vivas, ousadas
Ingênuas, esbeltas, misteriosas, voluptuosas

Fonte eterna de inspiração
Poço de dor e lástima para quem as ama
E para nós – homens – meros mortais
Só restam os sonhos impossíveis
Os olhares perplexos
O encanto inexplicável

As mulheres são tudo
O que mais amo, venero, desejo
Criaturas inatingíveis que me arrancam suspiros
Astros que não posso alcançar
Deleite do meu tormento
Aqui canto minha admiração por todas elas

São lindas demais
Tanto que não posso compreender
Rendo-me a seus feitiços
Ficando apenas a observar

Seus olhos cintilantes
Da cor do céu, da esmeralda, da terra, ou da noite
Seus cabelos esvoaçantes
De ouro, do ébano, do fogo
E seus corpos perfumados
Das camélias, das rosas, e do bálsamo selvagem

Às vezes fico a me perguntar
Se suas finas mãos são feitas da seda
Se suas formas e curvas são um pedaço do paraíso
Se seus lábios são de néctar e ambrosia
Se o seu amor é o mel que mata
E o que escondem atrás desses enigmáticos semblantes?

São deusas do Olimpo?
São demônios perversos?
São anjos maliciosos?
São sereias de um mar de maravilha?
São ninfas de bosques verdejantes?
São musas da loucura da paixão?

Por quem declamo minha poesia sem rimas
E digo que não haveria nada se não existisse
A suprema perfeição da natureza:
Mulher!

12 de maio de 1996


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