Eu venho deixar-te um haikai de longe
E uma flor de cerejeira da terra,
Uma humilde reticência de monge,
Um crisântemo e um brado de guerra.
Eu venho co’uma máscara de nô,
Ocultando a antiga kataná
E carregando meu pobre obentô,
Mascando um canto de sayonará.
Meu coração te dou como um bonsai
E minh’alma oferto como ikebana,
Rendido, desonrado samurai.
E sonho que as distantes neves frias
Rasguem os limiares dos portais
E me tragam a eleita dos meus dias.
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