terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Soneto Nipônico

Eu venho deixar-te um haikai de longe
E uma flor de cerejeira da terra,
Uma humilde reticência de monge,
Um crisântemo e um brado de guerra.

Eu venho co’uma máscara de ,
Ocultando a antiga kataná
E carregando meu pobre obentô,
Mascando um canto de sayonará.

Meu coração te dou como um bonsai
E minh’alma oferto como ikebana,
Rendido, desonrado samurai.

E sonho que as distantes neves frias
Rasguem os limiares dos portais
E me tragam a eleita dos meus dias.



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