“How does it feel
How does it feel
To be on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?”
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?”
Bob Dylan
Despertar ao som da gaita de foles
Socorrer os elfos nos píncaros
Cantar com os anjos das trombetas do apocalipse
Esperar para ver o limite do sofrimento humano
Não, não era o que eu queria.
Há muito que venho dançando
Como dançam em torno de um velho rádio
Os demônios guardiães dos portões de Auschwitz
Numa estrada de éter sem fim e sem começo
O que é a epifania da carne e a putrefação do espírito.
Movam-se as jangadas
Abram-se as cadeias
Viemos sós e desarmados
Como crateras da lua.
Despencando pedaços do horizonte
Na memória doentia do nefasto
Afogando-nos em consolo à beira da estrada
Embriagados dentro de trens às margens do rio
Com nossas roupas e malas precipício abaixo.
Somos filhos bastardos vomitados de genealogia virtuosa
Escárnio cinzento de maçãs contaminadas na calçada
Jornais velhos demais, revistas com fotos falsas
"Conta isso tudo, poeta, no folk, no rock, no verso"
Entre Dylan Thomas, Newport e Woodie Guthrie
Mandaste bem, poeta, mandaste bem...
Conta dos subúrbios, do blues amargo, da neve impiedosa,
Do sarcasmo de um jokerman,
Da audácia de bater às portas do paraíso,
De ser como uma pedra rolante,
De dizer o que nos traz o homem do tamborim,
Tudo bem, mãe (estou apenas sangrando),
De Minnesota ao mundo, de Allen Ginsberg à auto-estrada
Das cordas de uma guitarra ao novo mundo de um novo verso
Das coisas que precisamos dizer de nossa maneira
Pois a resposta está sussurrando ao vento...
Movam-se as jangadas
Abram-se as cadeias
Viemos sós e desarmados
Como crateras da lua
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